Central de Ajuda

É muito comum acontecer de a cor preta sair parecendo desbotada em uma impressão. Para evitar que isso aconteça, é preciso “calçar” a cor quando ela for cobrir grandes áreas do papel. Isso é feito acrescentando em torno de 20% de outra cor do sistema CMYK ao preto.

O preto 100% só deve ser utilizado em pequenas áreas ou em textos. Nos elementos textuais, podem acontecer pequenas sombras brancas sob as letras se não for utilizado o overprint sobre fundos coloridos, o que poderá causar uma leve transparência.

O overprint serve para mascarar falhas de impressão, impedindo o “vazamento” de uma cor, por meio de uma impressão de cores sobrepostas com uma leve transparência. Por isso, ao serem impressas duas camadas de preto uma sobre a outra, a cor atinge uma tonalidade mais escura, se aproximando dos 100%, o que é muito útil na impressão de textos com corpos de fontes menores, entre 7 e 12 pts.

Existem diversos padrões cromáticos, cada um com suas características e funções. Porém, só o CMYK e o Pantone são recomendados para impressão, já que o RGB é o processo de cores formado pela emissão de luz, coisa que o pigmento não é capaz de fazer, podendo apenas refleti-la.

O sistema de cores mais utilizado na indústria gráfica é o CMYK, composto pela síntese subtrativa que tem quatro cores de pigmento: ciano, magenta, amarelo e preto.

Na indústria gráfica, o processo de impressão a quatro cores também é conhecido como quadricromia, que consiste na impressão de cada uma das quatro cores de forma individual em pequenos pontos conhecidos como retículas, sobrepondo-se uma a outra para formar novas cores.

Porém, a quantidade de cores possíveis de serem produzidas pela quadricromia ou sistema de cores CMYK é infinitamente menor que as visíveis no processo RGB, ou seja, das cores que você vê na tela do seu computador.

Por isso, é de extrema importância que, além de se certificar de que o sistema de cores do seu arquivo está configurado para CMYK, você também faça uma calibragem do seu monitor, deixando suas cores o mais próximo possível daquelas que você gostaria de ver impressas no seu material. Sem essa calibragem, o risco de surpresas é muito grande.

Se você necessita de cores mais precisas ou diferenciadas, como as brilhantes ou fosforescentes, então o processo necessário para você é o Pantone.

O sistema da indústria de Nova Jérsei, criado por Lawrence Herbert, que acreditava que cada ser humano enxergava as cores a seu modo, tem uma vasta gama de cores personalizadas, catalogadas e associadas a códigos numéricos, que, por não dependerem de qualquer tipo de mistura e serem completamente livres da subjetividade humana, são as mais confiáveis quanto à reprodução exata da cor.

É extremamente desagradável perceber que seu material teve um pedaço cortado ou ficou com uma borda branca indesejada nas extremidades, onde deveria ter preenchimento uniforme. Isso ocorre quando não damos a devida atenção à sangria e às demais áreas de segurança.

A sangria é uma sobra de elementos que ultrapassam os limites da proporção do arquivo, para garantir que a impressão sairá completa e sem bordinhas indesejadas. Seu padrão de tamanho varia de uma gráfica para outra, mas, normalmente, fica entre 1 e 5 mm, sendo 1 mm para artes menores, como cartões de visitas, e 5 mm para as maiores, como folders e revistas, que normalmente exigem uma margem maior para manuseio.

Além da sangria, as áreas de corte e dobra também têm um padrão de utilização adotado pela grande maioria das gráficas, se não por todas. A linha de corte normalmente é sólida, enquanto a linha de vinco costuma ser pontilhada.

E para orientar o designer, evitando que sejam incluídos elementos onde poderiam ser cortados ou muito próximo às bordas, existem, ainda, as linhas que marcam as margens de segurança, que ficam internamente a alguns milímetros da borda.

Todas essas marcações ficam muito evidentes e fáceis de ser seguidas quando se utiliza o gabarito de impressão fornecido pela gráfica. Mas, caso não haja um gabarito, você mesmo poderá configurá-lo com a ajuda do seu software preferido de edição e talvez de uma régua.

Transparências, sombras, relevos e texturas, entre outros efeitos especiais, são fortes candidatos a distorções. Por isso, transformá-los em bitmap antes do fechamento do arquivo evita que seus efeitos fiquem pixelados, desfocados, serrilhados etc.

Mas não esqueça que, depois de transformados em bitmaps, seus efeitos passam a ser regidos pelas mesmas leis que qualquer outra imagem não vetorial, ou seja, podem sofrer alterações de resolução e quedas de qualidade quando são modificados.

Na grande maioria dos casos, a resolução ideal de imagem é de 300 DPI. É muito comum, principalmente entre clientes, que se confunda proporção com resolução da imagem. Por isso, vale lembrar que a proporção é o tamanho da imagem expresso em medidas como centímetros, polegadas ou pixels.

Quando aumentamos o tamanho ou proporção de um bitmap, estamos ao mesmo tempo reduzindo a sua resolução, que é a quantidade de pontos ou pixels em uma polegada. É como se esticássemos esses pontos, que, uma vez com o tamanho ampliado, onde antes cabiam 300, passa a caber bem menos. É essa “esticada” no ponto que provoca os serrilhados e distorções na impressão.

Uma vez ampliado um bitmap, exceto quando configurado como smart objects no Photoshop, não adianta mais reduzi-lo, pois a distorção nos pontos ou pixels que o compõem é irreversível.

Por isso, é muito importante que se respeite a resolução das imagens bitmap para que a sua impressão fique perfeita. Já existe quem defenda que, nos dias de hoje, as gráficas estão utilizando arquivos com resoluções superiores a 450 DPI, e os 300 de antigamente já não são suficientes para a alta qualidade dos equipamentos de impressão mais modernos.

 

Depois de revisado o conteúdo textual, é preciso converter as fontes em curva. Mas cuidado: depois de transformá-las, não será mais possível alterar o conteúdo do texto.

Esse processo é necessário para garantir que as fontes escolhidas sejam exibidas corretamente no arquivo final, pois nem todos os computadores têm todos os tipos do mundo, e quando não são encontrados os que foram utilizados no arquivo, a tendência é que sejam substituídos automaticamente por outro tipo parecido.

Quando a fonte é convertida em curvas, ela deixa ser fonte e passa a ser uma imagem vetorial como qualquer outra do projeto gráfico. É isso que garante que ela não será interpretada como uma fonte e muito menos trocada por outra pelo software de impressão.

Se você tem certeza de que todos os textos estão como e onde deveriam estar e que já foram convertidos em curvas, então, é hora de cuidarmos das imagens do seu projeto gráfico para o fechamento do arquivo.

Ainda tem Dúvidas? Entre em Contato